Ao prestarmos atenção à nossa mente é possível percebermos o momento exato no qual os nossos pensamentos divagam. Fica mais evidente uma conversa, que são as vozes internas que geralmente gravitam em torno das nossas preocupações e de ruminações, embora às vezes, a mente possa divagar também para alguns pensamentos e fantasias agradáveis. Tudo isso acontece no nosso córtex pré-frontal medial, gerando um contexto de baixo nível de ansiedade. Portanto esses circuitos são o tipo mais poderoso de distração.
A partir do momento que tomamos consciência disso, torna-se mais fácil agirmos para direcionar a atenção para a atenção seletiva. Mas o que isso significa? Significa atentar para o objetivo do momento, foco total na questão presente. Como podemos encontrar o equilíbrio para nos mantermos em foco?
Necessitamos calar essas vozes internas e para tanto, o primeiro grande desafio é percebemos o quanto antes ela entrou nesse estado de divagação. Através da atenção interna e quanto mais estivermos apurados nessa captura, mais rapidamente acontece essa mudança na atividade cerebral, ou seja, mais fraca se torna esse devaneio da mente.
Ao trazermos essa consciência e conduzirmos para o aqui e agora nossa atenção, estimulamos os nossos sistemas sensoriais automaticamente, logo os circuitos neurais para a divagação da mente desligam.
Enfim, manter a atenção no eixo, reflete um estado mental no qual percebemos o que quer que entre em nossa consciência, sem nos prendermos ou sermos abstraídos por qualquer coisa em particular.
Fonte: Goleman Daniel, Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso; Editora Objetiva,2014.
Crédito da Imagem: https://www.neeuro.com/prefrontal-cortex-exercises/